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Levantamento | Carne, aço e relógios: o que SC compra e vende dos países que o Brasil jogará na Copa do Mundo?

 


O Brasil se prepara para disputar mais uma Copa do Mundo. O país caiu no Grupo G e disputará uma vaga nas oitavas, com Sérvia, Suécia e Camarões, respectivamente. Apesar de não possuírem forte tradição no futebol, os países mantêm uma relação comercial mais amistosa e que movimenta mais de 3,8 bilhões anualmente.


Com a Sérvia, primeira adversária do Brasil na disputa, o Brasil deve bater recorde de exportação esse ano. Até outubro de 2022, foram mais de US$ 48 milhões exportados aos sérvios, maior volume desde a última copa vencida pelo Brasil, em 2002. As importações também cresceram, alcançando US$ 50 milhões no mesmo período, de acordo com dados mapeados pela Vixtra, fintech de comércio exterior, junto ao portal do Ministério da Indústria e Comércio Exterior.


E Santa Catarina também registrou transações comerciais com o país. Até outubro, o estado tinha exportado mais de US$ 178 mil. As cidades de Araranguá, Joinville e Blumenau lideram as vendas com mais de US$ 130 mil vendidos anualmente. Já as importações registraram US$ 1.7 milhão no período. Já Florianópolis registrou apenas US$ 30 mil. Vale destacar que quando se fala em estado ou cidade importador, a referência é ao domicílio fiscal da empresa e não necessariamente a origem ou destino da mercadoria.


Dentre os principais produtos exportados estão itens como produtos das indústrias alimentares; bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres, tabaco e produtos das indústrias químicas ou indústrias conexas. Entre os importados, destacam-se, plásticos, borracha, metais comuns e produtos do reino animal.


"Santa Catarina representa um pilar importante do comércio internacional brasileiro. O estado tem um volume alto de transações, mas há espaço para crescimento. Isso porque a região é bastante industrializada e pode ampliar sua oferta de venda de bens de alto valor agregado”, explica Leonardo Baltieri, co-CEO, da Vixtra (foto).




A Suíça é a segunda adversária da seleção brasileira e também a maior parceira comercial dos três países contra os quais o Brasil jogará. Só no ano passado, as exportações somaram mais de dois bilhões, e esse ano devem somar aproximadamente um bilhão. Apesar da queda em comparação a 2021, o número é mais que o dobro do que o Brasil exportou aos suíços em 2002, última vez que ganhamos a copa.


E Santa Catarina também registrou transações com o país. Até outubro de 2022, o estado exportou mais de US$ 16 milhões, sendo que a cidade de Ipumirim foi responsável por US$ 5,8 milhões, praticamente um terço das exportações. Ainda sobre Ipumirim, o resultado é 60% maior que no ano passado.


Por outro lado, as importações somaram US$ 82 milhões. Já Florianópolis comprou pouco mais de US$ 900 mil. Dentre os produtos exportados pelos catarinenses, estão desde carnes e miudezas a ferro, aço e alumínio, enquanto os principais produtos importados foram medicamentos, águas minerais e relógios.


Último adversário do Brasil na primeira fase, Camarões tem uma relação comercial mais forte que a Sérvia no que diz respeito às exportações brasileiras. Só neste ano, o Brasil já exportou mais de 83 milhões em produtos, enquanto a importação foi de pouco mais de um milhão.


O estado de Santa Catarina também exportou para o país. Foram mais de US$ 1.1 milhão exportados, com destaque para as cidades de Campos Novos, Itajaí e Gaspar, que venderam juntas mais de US$ 850 mil em produtos como pastas de madeira, produtos das indústrias químicas e gorduras e óleos. Já as importações não registraram valores significativos no período.


“O Brasil já tem um relacionamento estruturado com os países contra os quais jogará na Copa do Mundo. Agora, precisamos fortalecer laços para que mais oportunidades possam surgir para a indústria nacional aumentar o volume de transações, mas, sobretudo, ampliar a oferta de produtos”, conclui Baltieri.





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